Ataques cibernéticos podem comprometer a proteção de dados nos Jogos Olímpicos de 2024, alerta especialista 

A segurança de dados é um dos pilares para que eventos públicos de grande porte, como os Jogos Olímpicos, sejam bem-sucedidos. Sua realização demanda diversas trocas de informação entre empresas produtoras, esportivas e patrocinadoras. Um erro ou vazamento decorrido de quebra de segurança pode comprometer tanto a proteção dos profissionais envolvidos quanto a credibilidade dos Jogos. Caso um ataque cibernético ocorra, as consequências podem ser das mais diversas. Geraldo Guazzelli, diretor-geral da NETSCOUT Brasil, líder global em soluções de cibersegurança, afirma que este resultado dependerá das intenções de quem está por trás dessa quebra de segurança e qual seria o principal alvo destes ataques.

 “Pode ocorrer desde uma simples indisponibilidade ou até mesmo a extração de dados confidenciais seguida por uma encriptação de servidores ou aplicações fundamentais para a execução dos próprios jogos com a devida segurança necessária, o que geralmente são objetivos dos hackers. No entanto, de fato, todos agem a partir de algum interesse, seja de protesto ou para obtenção de vantagens financeiras”, adverte o especialista. Guazzelli também comenta que, para evitar invasões e ataques do tipo, é preciso que todas as empresas e instituições associadas tomem precauções, tais como: “Pessoas bem treinadas, processos bem definidos e soluções de visibilidade, identificação de movimentação anômala nas redes e mitigação que possam atuar preventivamente”.

“Atuar preventivamente, antes que as ações maliciosas tomem efeito”

Pela quantidade de danos que esses crimes cibernéticos podem causar, é preciso que empresas de segurança sempre atualizem suas soluções digitais em caso da criação de novos ataques. “Ter visão global da internet e conhecer detalhadamente o tráfego das corporações nos permite criar softwares capazes de identificar as ameaças, criar contramedidas e atuar preventivamente, antes que as ações maliciosas tomem efeito”, completa. 

Segundo ele, estratégias preventivas de segurança cibernética são essenciais para proteger contra invasões seguidas por ataques DDoS. A detecção rápida de atividades irregulares depende de redes seguras, visibilidade de tráfego e análise de comportamento. Lições de ataques passados, como os eventos ocorridos em Londres em 2012, onde ataques DDoS tiveram como alvo sistemas elétricos durante a cerimônia de abertura; no Rio 2016 que testemunhou ataque massivo de 500 Gbps contra sites governamentais e patrocinadores; e, mais recentemente, a NTT que relatou o bloqueio de mais de 450 milhões de ataques cibernéticos durante os Jogos de Tóquio 2021, “devem servir de exemplo para Governos, empresas privadas e organizações internacionais para que continuamente entendam as ameaças e melhorem suas defesas”, finaliza Guazzelli.

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