Um mês após a empresa americana Three Square Market anunciar que implantaria um microchip no corpo de seus funcionários para substituir crachás, chaves e a necessidade de senhas em computadores e equipamentos eletrônicos, o CEO da companhia, Todd Westby, disse que o Brasil é o próximo alvo da tecnologia.
“Dois hospitais brasileiros já nos procuraram querendo experimentar a tecnologia”, diz o executivo à BBC Brasil. Wetsby se limitou a dizer que um deles está em São Paulo, mas não revela nomes “porque as negociações ainda estão em andamento”.
Segundo o executivo, o interesse partiu de médicos brasileiros que gostariam de realizar testes com o chip em pacientes com doenças degenerativas. O chip reuniria informações sobre o histórico médico dos pacientes, incluindo registros de medicamentos e tratamentos realizados nos últimos anos e poderia garantir um acesso fácil a estas informações em caso de confusão mental ou se o paciente estiver desacordado.
“O Brasil será nosso próximo mercado. Sei que vocês também têm uma demanda muito grande no sistema penal”, diz o CEO. “Também estamos conversando com Espanha, Canadá, México e outros lugares.”
Fabricado pela empresa 32M, o dispositivo tem o tamanho de um grão de arroz e um custo individual de aproximadamente US$300 (cerca de R$960). O chip é implantado entre o dedo indicador e polegar dos funcionários, e a empresa assegura que o procedimento é indolor e não coloca em risco a privacidade do usuário, já que os dados armazenados no chip estarão criptografados e não poderão ser rastreados por GPS, de modo que a sua funcionalidade seria parecida à de uma chave ou cartão de acesso eletrônico.
“Acreditamos que é uma boa forma de avançar na inovação da empresa. Os chips não emitem nenhum sinal sozinhos, precisam ser lidos com qualquer objeto que tenha um leitor de proximidade”, explicou Westby.