Infraestrutura de segurança para operações ininterruptas

Por Rodrigo Romão de Oliveira

As operações de empresas e organizações estão cada vez mais interconectadas e digitais, dependendo de sistemas robustos e resilientes para proteger dados sensíveis, manter a continuidade dos negócios e evitar interrupções que possam causar prejuízos financeiros e danos à reputação.

A segurança na infraestrutura é crucial para prevenir ataques cibernéticos, minimizar riscos e garantir a continuidade das operações. Isso é de grande valia para garantir a capacidade de um sistema ou organização de funcionar continuamente, sem interrupções, assegurando que serviços essenciais estejam sempre disponíveis e que a produtividade não seja afetada.

Contudo, a implementação de medidas de segurança não é uma tarefa simples, especialmente se você quiser que sejam eficazes. É necessário realizar investimentos em tecnologias avançadas, mas também na capacitação frequente dos colaboradores. Ter um planejamento estratégico detalhado é um dos passos mais importantes, já que um roadmap deixa claro o que deve ser feito e quando. Além disso, a organização deve realizar testes regulares de vulnerabilidades para identificar e corrigir possíveis falhas antes que a dor de cabeça chegue.  

Ameaças e riscos

Todo o investimento de tempo e dinheiro serve primordialmente para evitar diversos tipos de riscos à infraestrutura de uma companhia. Ao permitir que ataques ocorram, a integridade de dados e sistemas estarão comprometidos, mas também poderão colocar em risco a confiança de clientes e parceiros.

Algumas das ameaças mais comuns à infraestrutura de segurança para operações ininterruptas incluem:

• Malware, como ransomware, trojans e spyware, que pode causar dano significativo aos dados mais sensíveis;

• Phishing e outras técnicas de engenharia social que manipulam pessoas para revelarem informações de cunho confidencial;

• Ataques à Cadeia de Suprimentos, que podem atrapalhar fornecedores ou parceiros de acessarem a rede da empresa;

• Ataques de Negação de Serviço (DoS), que tentam sobrecarregar o tráfego da organização com o objetivo de torná-lo indisponível;

• Ataques Man-in-the-Middle (MitM), que foca em interceptar e alterar as comunicações entre duas partes sem que ninguém saiba o que está acontecendo.

Com isso em mente, é importante que uma companhia ou organização estabeleça um plano de resposta a incidentes bem definido, que permita uma reação ágil em caso de um ataque. Para que um plano desse tipo funcione, ele deve incluir procedimentos para a contenção do problema, a recuperação de dados e o aprimoramento constante de sistemas e profissionais.

Tecnologias de segurança e monitoramento contínuo

Já deixamos claro a importância de investimentos pontuais para manter as operações de uma organização nos melhores níveis possíveis. Assim, ter tecnologias avançadas, desde firewalls a soluções de Endpoint Detection and Response (EDR), é um passo que jamais pode ser ignorado, já que servem para detectar ameaças assim que elas surgem e responder a altura.

Os firewalls, por exemplo, são a primeira barreira contra investidas externas, já que conseguem realizar o monitoramento do tráfego de rede a partir de regras e instruções pré-definidas pela empresa. Para auxiliar essa linha de defesa há o Sistema de Prevenção de Intrusões (IPS), que é construído para encontrar e impedir o mais rápido possível qualquer atividade maliciosa em tempo real.

Para algo mais profundo, há os chamados Sistemas de Informação e Gestão de Eventos de Segurança (SIEM), que trabalham para juntar e analisar inúmeros dados de segurança de fontes distintas. O objetivo é ajudar na identificação de padrões de ataques para ficar um passo à frente de ameaças complexas.

Além disso, não podemos nos esquecer de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e o machine learning. Ambas estão cada vez mais presentes nas infraestruturas de segurança, especialmente quando se trata de operações ininterruptas. Com seu uso, é possível identificar anomalias e, até mesmo, padrões de comportamento para notar atividades maliciosas.

No entanto, nada disso tem valia se não houver um monitoramento contínuo por parte de profissionais treinados. Equipes de segurança devem estar sempre alertas e prontas para responder a incidentes, pois são as decisões das pessoas certas que podem impedir o caos e a perda de dados de extrema importância. A união das melhores tecnologias com os melhores colaboradores é o que faz a diferença para que as organizações se mantenham um passo à frente dos cibercriminosos, garantindo a proteção de seus ativos e a continuidade de suas operações.

Em suma, não é leviano apontar que garantir a segurança das operações ininterruptas é essencial para qualquer empresa ou organização que deseja proteger a confiança dos clientes e dar continuidade aos negócios. Tudo isso não acontece do nada, pois exige grande atenção, investimentos e capacitação para que funcione em sua plenitude. O primeiro movimento correto é criar um planejamento estratégico claro que ofereça respostas pontuais e ágeis aos mais distintos incidentes.


Rodrigo Romão de Oliveira

Formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal Fluminense (RJ), com mais de 12 anos trabalhando com Gerenciamento de Projetos e mais de 7 anos com Gerenciamento de Contas, Rodrigo Romão de Oliveira possui um histórico comprovado em liderar projetos de TI focados em Segurança Empresarial, Recursos Humanos e Comunicação Corporativa. Sua experiência inclui implementação de projetos nos modelos SaaS e On-premises em grandes empresas, com contratos superiores a USD 10 milhões. Atualmente, como Líder do time de Grandes Contas da Genetec na América Latina, o foco do seu trabalho é garantir a satisfação dos clientes e a continuidade dos negócios dentro dessas contas.

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