O CTFV no mundo digital: O que era tendência virou realidade
O sistema de vigilância por vídeo (CFTV) representa a maior fatia do mercado de equipamentos de segurança eletrônica no país. Não diferente de outros segmentos, este setor apresenta mudanças à medida que a tecnologia evolui, trazendo recursos que visam, sobretudo, a praticidade e a mobilidade dos usuários.
De acordo com a SIA Brasil (Associação das Indústrias de Segurança), em sua pesquisa sobre o mercado de verticais no país – para a indústria física de segurança eletrônica – com a evolução da tecnologia, tanto analógica quanto IP, o CFTV passou a ser usado de outras maneiras, que até há pouco tempo pareciam mais coisas de filme de ficção. Mesmo o CFTV analógico, considerado atrasado, evoluiu e continua firme no mercado, principalmente pelo custo-benefício.
Computação em Nuvem
A computação na nuvem é uma das tecnologias que vem ganhando destaque à medida que o mundo se adapta à era do acesso sob demanda para qualquer tipo de serviço.
Geralmente, a gravação das imagens dos sistemas de CFTV é feita localmente e armazenadas no disco rígido de um DVR ou NVR. Quando o assunto é redundância, nem todos os clientes acabam dispondo de infraestrutura para manter dois pontos de gravação independentes; e é aqui que a nuvem se apresenta como uma solução. Já é possível encontrar no mercado empresas que oferecem gravação de imagens das câmeras IP diretamente na nuvem, fazendo com que os equipamentos de gravação local sejam dispensados. Atualmente, é realidade utilizar os gravadores locais e ainda a gravação na nuvem, como redundância.
Big Data
O Big Data e o recurso de análise de vídeo também são fatores que podemos considerar. As câmeras IP fornecem informações em tempo real e contam com diversas funcionalidades, desde a emissão de alarmes até análises de vídeo integrado, o que permite que elas, além de serem usadas na área de segurança, também possam servir como ferramenta de apoio ao controle de trânsito, vendas e marketing.
Alguns varejistas já começaram a utilizar o seu sistema de CFTV ou implementaram câmeras específicas em seus estabelecimentos no intuito de gerar mapas de calor e determinar por onde o público mais circula, a fim de definir a partir disso suas ações de marketing. Observar as feições dos clientes para determinar sua experiência; contar o número de pessoas que entram e saem das lojas; e associar essas informações a outras variáveis, já é uma rotina que possibilita ao comércio reagir mais rapidamente às necessidades do mercado, dando maior competitividade às empresas que adotam essas tecnologias.
Conclusão
A área de segurança eletrônica já faz parte da área de T.I. e os profissionais dessa área devem dar a devida atenção ao fato de que câmeras de vigilância deixaram de ser meros coadjuvantes no mundo corporativo.
Por outro lado, os profissionais de segurança devem estar cada vez mais atentos às funcionalidades que os equipamentos de segurança conseguem fornecer para outras áreas.
Adriano Oliveira
Técnico em eletrônica, tem graduação em tecnologia com especialização em redes de computador. Atua há 20 anos na área de tecnologia como instrutor, consultor e suporte e há 16 anos na área de segurança eletrônica. Trabalha atualmente na Hikvision e mantém o Canal Hardware Magazine.
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