Para respostas rápidas aos desastres naturais, especialista defende uso de drones para monitoramento eficaz em tempo real em grandes áreas

Tiago Nascimento, do IEEE, maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade, destaca os últimos avanços em sistemas de monitoramento e resposta a desastres naturais

As mudanças climáticas registradas nos últimos anos potencializaram uma série de desastres naturais, como inundações e secas. Nesse cenário, a construção de uma infraestrutura resiliente exige sistemas de alerta precoce mais avançados, incluindo incêndios florestais e tempestades que ameaçam redes de distribuição elétrica e outros serviços.

Tiago Nascimento, membro Sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade e professor pesquisador em robótica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), destaca os últimos avanços em sistemas de monitoramento e respostas a tragédias com a utilização de drones, satélites e sensores.

“Sabemos que a infraestrutura terá que ser mais robusta e resiliente para lidar com as consequências das mudanças climáticas, além de ser monitorada de forma inteligente 24 horas por dia, sete dias por semana. A cada ano, temos desastres naturais mais intensos, o que aumenta de forma exponencial as ameaças à infraestrutura. Além das iniciativas que buscam mitigar os efeitos das mudanças climáticas, é preciso preparar e adequar nossa infraestrutura, tornando-a mais resiliente”, diz Nascimento.

A utilização e integração de diversas tecnologias para sistemas de monitoramento e respostas a desastres naturais contribui de forma significativa para a resiliência da infraestrutura. Um dos destaques são os sensores LiDAR (sigla para Light Detection And Ranging, que pode ser traduzido como “detecção e alcance de luz”).

“Sensores LiDAR e radares permitem que dispositivos como drones se localizem melhor em um ambiente natural diversificado, o que, por sua vez, pode ajudar a monitorar grandes espaços continuamente. Na mesma linha de pensamento, os satélites podem ajudar a localizar rapidamente pontos de atenção, como incêndios florestais, deslizamentos de colinas, destruição de infraestrutura etc.”, afirma Nascimento.

A utilização de imagens de satélites para o monitoramento de incêndios florestais já é bem conhecida. Entretanto, a adoção e integração com novas tecnologias permite respostas mais rápidas e efetivas. “Drones são versáteis, mas ainda subutilizados. Eles podem observar o evento localmente, dando perspectivas que os satélites não podem. Eles podem pairar, medir, monitorar e enviar dados em tempo real. Se bem empregados, eles podem ser uma ferramenta poderosa não apenas para monitorar, prevenir e responder a desastres naturais, mas também em ações de busca e resgate nessas situações, finaliza Nascimento.

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