Segurança eletrônica na Copa do Mundo
O Catar tem aproximadamente 2,8 milhões de habitantes. Durante a Copa do Mundo, que acontecerá de 20 de novembro a 18 de dezembro, a estimativa é que mais de 1,2 milhão de visitantes passe pelo país.
A Copa deste ano entrará para a história por diversas razões. O Catar é o menor país a sediar o torneio. É a primeira vez que a competição é disputada no fim do ano, devido às condições climáticas. A internet ofertada será 5G, 100 vezes mais rápida do que foi disponibilizado na Copa da Rússia.
O sistema de mobilidade urbana entre os estádios será inteligente, atualizando em tempo real as melhores rotas aos visitantes. Ainda, será usada uma inovação para marcação de impedimentos, visando à redução dos erros de arbitragem. Sem falar na climatização sustentável dos estádios, alimentada por energia solar.
E quando o assunto é segurança eletrônica, o Catar não deixará por menos. Para manter a proteção de todos nesse período, prevenir possíveis incidentes e garantir a agilidade na solução de ocorrências, o país contará com um centro de operações e controle inovador.
Conheça as tecnologias de segurança eletrônica na Copa do Mundo do Catar:
Centro de operações e controle
Com tantas inovações em uma única edição, na segurança eletrônica não poderia ser diferente. Um centro de comando e controle, chamado Aspire, deverá ser, de acordo com autoridades do Catar, uma referência para o mundo do esporte e para as futuras competições.
A partir do Aspire, autoridades de segurança terão visibilidade de milhares de pontos das cidades onde acontecerão as partidas, incluindo portões de acesso, parte interna dos estádios e sistemas de transporte. A central vai possibilitar o controle até mesmo de problemas relacionados à manutenção de infraestrutura, como possíveis vazamentos em banheiros, por exemplo.
Diversas não-conformidades, ao serem detectadas pelas câmeras, irão gerar alarmes para a central, que poderá tomar medidas em locais distintos ao mesmo tempo, colocar estádios em níveis diferentes de alerta e até mesmo organizar evacuações e proteção de perímetro simultâneas, se for necessário.
A curta distância entre os estádios foi um ponto importante para que todo sistema de segurança fosse organizado: 75 quilômetros é o maior trajeto que deverá ser percorrido entre os locais dos jogos e há estádios distantes apenas 5 quilômetros um do outro.
Câmeras com reconhecimento facial e drones
Cerca de 15 mil câmeras com reconhecimento facial, instaladas em 8 estádios que receberão os jogos e nas redondezas, irão monitorar problemas técnicos ou de segurança, com a possibilidade de ação imediata. Por meio de alertas enviados para a central, situações específicas serão tratadas.
Um sistema de comunicação também entregará informações a torcedores dos estádios, podendo acontecer ao mesmo tempo em locais diferentes, enviando orientações ou mensagens específicas.
A vigilância por drones também está entre as tecnologias de segurança eletrônica adotadas. Eles farão o monitoramento das multidões que circularão pelas ruas das cidades sede dos jogos. A tecnologia empregada nos drones foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Qatar e poderá estimar, por exemplo, o número de pessoas circulando pelas ruas.
Aplicativo Hayya
Para controlar os visitantes durante a Copa do Mundo, foi criado o Hayya Card. Trata-se de um aplicativo criado pelo governo do Catar que fará a identificação digital dos visitantes, funcionando como uma espécie de visto. Todos os torcedores deverão inserir no app dados do passaporte, comprovação de compra de ingressos e reservas em hotéis, além de uma foto em alta resolução para poder entrar no Catar a partir de 1º de novembro.
Por meio do Hayya, o governo local terá informações que facilitarão a prestação de suporte aos visitantes, caso necessário. Outra função do app é para o transporte público. Com ele, todos poderão usar os metrôs, construídos especialmente para a Copa, livremente.
Cibersegurança
Segurança cibernética também é uma preocupação do governo do Catar. O país contará com a cooperação de outras nações, como o Marrocos, para prevenção de ataques via internet.
Em maio foi realizada uma conferência com mais de 40 nações parceiras, diferentes órgãos de segurança nacionais e internacionais, além de representantes da Fifa, ONU, Europol e Interpol. O objetivo do encontro foi avaliação de riscos, planejamento, procedimentos de segurança eletrônica nos estádios e segurança cibernética.
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