Reconhecimento facial deve movimentar R$ 50 bilhões em 2022
A demanda global por sistemas de reconhecimento facial foi impulsionada pelo aumento com a preocupação da higiene sanitária. O mercado, que registrou um faturamento de US$ 3,78 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões) em 2020, deve movimentar US$ 9,6 bilhões (R$ 53 bilhões) em 2022, de acordo com relatório da Allied Market Research.
A implementação da tecnologia tem sido limitada pelos altos custos e baixa precisão. No entanto, os avanços tecnológicos, em especial a integração com Inteligência Artificial (IA) e os serviços baseados em nuvem, poderão resolver o gargalo do setor e proporcionar uma rápida expansão nos próximos anos.
A biometria facial apresenta vantagens como ausência de contato físico e fácil implantação. Por isso, é a tecnologia biométrica mais usada para fins de segurança e de marketing, sendo utilizada tanto pelo setor público quanto pelo setor privado.
Usos do reconhecimento facial
O uso do reconhecimento facial está bem difundido na América do Sul. Segundo levantamento da Surfshark, 92% dos países utilizam a tecnologia. No Brasil, diversas forças de segurança pública, como a da Bahia, utilizam câmeras integradas com biometria facial para localizar e prender suspeitos.
A aplicação da tecnologia para garantir a segurança também está presente em condomínios residenciais. “O reconhecimento facial é um produto muito procurado atualmente por conta do receio de moradores e visitantes em tocar nos interfones” afirma Thiago Paulo, COO da Winker. O sistema, além de dar acesso a moradores e visitantes, também pode verificar o uso correto de máscaras e acompanhar o que as pessoas estão fazendo nas áreas comuns.
O reconhecimento facial também está sendo utilizado por grandes empresas e startups financeiras na automatização de processos bancários, como abertura de conta e análise de crédito e para agilizar o pagamento em estabelecimentos comerciais.
“Essa análise das imagens, antes feita através do olho humano, agora é validada por meio de um drive de acuracidade”, explica Thiago de Assis, CEO da Stoque. A startup Payface, por exemplo, usa a tecnologia para dispensar a necessidade de apresentar cartão, diminuir filas e evitar o contato físico nos supermercados Angeloni, em Florianópolis (SC), e Super Muffato, em Londrina (PR), além da Drogaria Iguatemi, em São Paulo (SP).
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