Robô e drone de vigilância: entenda a aposta da Amazon no mercado de segurança
A Amazon apresentou o Astro, robô que pode patrulhar a casa de forma autônoma. O equipamento é basicamente um tablet sobre rodas, quase do tamanho de um cachorro pequeno, com câmeras que permitem detectar eventos estranhos na casa, gravar vídeos e enviar alertas diretamente para o telefone do proprietário. O Astro custa em torno de US$ 1 mil. A novidade faz parte dos planos da empresa de ampliar o foco em segurança.
O robô também se conecta ao Ring, sistema de segurança pessoal da Amazon, permitindo que o robô se movimente por conta própria e investigue proativamente eventos estranhos enquanto os proprietários estão fora de casa.
O Astro esteve entre os anúncios da Amazon em seu evento anual de lançamento de hardwares, que tradicionalmente acontece em setembro. Neste ano, metade dos equipamentos estão relacionados diretamente à segurança residencial.
A empresa anunciou, por exemplo, o Ring Always Home Cam, espécie de drone com câmera projetado para uso interno nas residências, o Ring Alarm Pro, que guarda imagens de outros dispositivos, e o Ring Virtual Security Guard, serviço de assinatura mensal que fornece aos clientes o monitoramento da casa ou escritório por profissionais de segurança, entre outros produtos.
1,4 milhões de campainhas e críticas
Segundo reportagem do Engadget, a Ring lidera o setor de segurança residencial nos Estados Unidos desde 2018, com a venda de 1,4 milhões de campainhas apenas em 2020 e dominando 18% do mercado.
De acordo com o artigo, a Ring também assinou acordos com mais de 2 mil departamentos de polícia nos Estados Unidos, proporcionando às autoridades acesso às gravações de câmeras residenciais, muitas vezes sem mandado e de acordo com os parâmetros da própria empresa.
Isso vem gerando críticas à companhia. Especialistas questionam se a Amazon estaria confundindo os limites entre segurança pública e propaganda dos seus produtos.
Um dos pontos de crítica à Amazon vem do seu ecossistema e como ele estaria repleto de preconceitos não controlados. Um estudo de 2019 do Motherboard, por exemplo, descobriu que pessoas negras eram desproporcionalmente rotuladas como “suspeitas” no aplicativo Neighbours, fenômeno que alimenta o racismo.
A Ring tomou medidas para resolver alguns desses problemas, como alterar o texto no aplicativo Neighbours de “suspeito” para “atividade inesperada”.
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