Semáforos inteligentes: tecnologia nacional contribui para melhorar o trânsito brasileiro

O setor automotivo e o sistema de transporte público foram impactados diretamente pela pandemia do coronavírus. Os dados demonstram, inclusive, uma rejeição ao transporte coletivo devido ao medo de contaminação. Atrelado a isso está o aumento do uso do carro e a maior intenção de compra de veículo próprio.

Segundo a pesquisa Globo Insights – como a pandemia afeta aqueles que não têm carro, o número de pessoas que usava o transporte público passou de 55% antes da pandemia para 34% depois da covid-19. Já a utilização do metrô foi de 19% para 13%, enquanto o uso do carro passou de 40% para 43%.

Já prevendo desafios como esse, a Pumatronix desenvolveu em 2019 o VIGIA-VL, um sistema que busca entender o fluxo das ruas e cidades para usar as informações e fazer um melhor monitoramento e planejamento dos semáforos, a fim de sincronizá-los.

Essa sincronização contribui para a chamada “onda verde”, pela qual o motorista consegue completar o percurso sem semáforos fechados, em uma sequência de “verdes”. A coordenadora de Marketing da Pumatronix, Juliana Panisson, reforça que, com essa solução, os semáforos podem ser programados, conforme horário e fluxo das diferentes vias.

Funcionalidades como essas integram-se a controladores semafóricos. “Para os grandes centros urbanos que visam se consolidar como cidades inteligentes, um sistema como o VIGIA-VL torna-se um requisito básico. Além do monitoramento, planejamento e análise do tráfego de veículos por vídeo, o sistema fornece a taxa de ocupação por faixa, prevê filas e o tamanho delas de maneira intrusiva, sem a necessidade do uso de laços indutivos, que seriam mais custosos”, reforça.

Em análise de mercado, a Pumatronix observou que, em Curitiba (PR), o número de cruzamentos chega a 1.152. Desses, 173 possuem sistema adaptativo e 662 têm sistema de monitoramento. Já no caso de São Paulo, são 6.399 cruzamentos semafóricos, sendo 130 com sistema adaptativo e 200 com sistema de monitoramento.

Segundo a coordenadora, essas análises são feitas em tempo real, com monitoramento de até 16 faixas por controlador semafórico. “Ao fornecer tais informações para o sistema de semáforos, é possível realizar a gestão do tráfego de forma adaptativa, com ajustes de temporização”, pontua.

Quando existe a falta de sincronismo no sistema semafórico, uma série de problemas podem ocorrer no trânsito, a começar pelo desgaste do motorista em um trânsito lento, desperdício de combustível, mais chances de haver o desrespeito ao sinal vermelho e até o risco de colisões. “Esse conjunto de fatores impacta de forma negativa na qualidade de vida dos cidadãos”, complementa a coordenadora.

Manutenção em tempo real

Vale destacar que a manutenção do sistema semafórico em tempo real pode se tornar um contratempo, não só nos grandes centros urbanos, mas também nas cidades menores. Ela explica os fatores fundamentais para o sincronismo entre semáforos, entre eles a interligação em rede, a programação semafórica, o monitoramento em campo, além do fator humano e procedimentos de trabalho.

O planejamento dos semáforos possibilita uma maior fluidez no trânsito, em especial nos cruzamentos. “Essa otimização na operação do sinal aberto, que passa a atingir a sua capacidade máxima, vem ao encontro do uso da Internet das Coisas voltada para a mobilidade urbana. Esse é o papel das organizações que vivem de fato com o pensamento no futuro, a fim de construir economias e estruturas sustentáveis e eficientes para si e para as novas gerações”, conclui.

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