Porto Rico protege mais de 850 escolas públicas com o auxílio do software da Milestone Systems
O Estado Livre Associado de Porto Rico precisava implementar um sistema de segurança perimetral centralizado e eficiente para todas as escolas públicas da ilha. As invasões e agressões a instituições educacionais aumentaram, e o furacão Maria agravou ainda mais os problemas com a destruição da infraestrutura.
A necessidade de restaurar os danos do furacão também gerou oportunidades para investir em melhorias e modernização. Optou-se por instalar um sistema de videovigilância com mais de 10.000 câmeras, alto-falantes e outros dispositivos de segurança em 856 escolas.
Da mesma forma, foi estabelecida um núcleo de controle centralizado, que utiliza a versão Corporate do software de gerenciamento de vídeo (VMS) XProtect da Milestone Systems.
AS VANTAGENS
● Com o mesmo orçamento anual que permitia monitorar 250 instituições, o novo sistema permitiu ao Departamento de Educação de Porto Rico cobrir todas as suas escolas públicas (856).
● Desde que o sistema entrou em operação, houve uma redução de 97% das invasões nas instituições de ensino.
● Além de proteger o programa educacional, o material audiovisual captado pelo sistema auxilia outras agências governamentais a avaliar e administrar áreas de uso público e investigar incidentes.
Garantir um ambiente seguro é um desafio crescente para os estabelecimentos de ensino de hoje: furtos, brigas e bullying são alguns dos problemas que afetam não apenas os alunos, mas também professores, funcionários e, por fim, as entidades que os subsidiam.
Em Porto Rico, por exemplo, o Departamento de Educação estava preocupado com o aumento das intrusões, roubos e agressões dentro de suas escolas; índice que disparou após o furacão Maria (2017), o qual destruiu grande parte da infraestrutura da ilha.
Inclusive, antes desse fenômeno natural, não havia um sistema de segurança centralizado que integrasse uma visão geral de todas as escolas. Existiam instalações díspares de equipamentos de vídeovigilância (câmeras, alarmes, iluminação), mas em apenas cerca de 250 das escolas. Depois do furacão, ao invés de investir no reparo e na compra de todos os sistemas separados, deu-se máxima prioridade a fornecer segurança perimetral para todas as escolas, o que proporcionaria um núcleo de comando centralizado e eficaz.
“O furacão danificou os sistemas de comunicação e iluminação da ilha, circunstância que facilitou as invasões em escolas e, posteriormente, o aumento do vandalismo; não tínhamos visibilidade do que estava acontecendo e não encontrávamos uma maneira de evitar essa escalada”, mencionou César González Cordero, Commissário de Segurança do Departamento de Educação de Porto Rico. “No entanto, não poderíamos continuar comprando e consertando equipamentos individualmente para todas as escolas, e por isso foi necessário um esforço centralizado e coordenado”.
Nesse contexto, relata Gonzalez, nasceu a proposta de realizar um processo de aquisição de um sistema de vídeovigilância para as escolas públicas de Porto Rico, com foco na segurança perimetral.
Segurança perimetral para todas as escolas
A Genesis Security Services, Inc. de Porto Rico foi selecionada para desenvolver o projeto de segurança perimetral das 856 escolas públicas da ilha. É uma empresa porto-riquenha fundada em 1997 pelos irmãos Roberto e Emilio Morales de Yabucoa, que são líderes em serviços de segurança em nível governamental.
“Por mais de 15 anos fornecemos segurança para o Departamento de Educação através de nosso serviço de rondas presenciais; por isso conhecíamos o desenho, a localização, os ativos e as vulnerabilidades de diversos estabelecimentos educacionais, o que representou uma grande vantagem no momento de executar o projeto”, comentou Yasel Morales, Diretora de Tecnologia da Genesis.
Em outubro de 2018, começou a instalação de câmeras e outros dispositivos em todas as escolas. O núcleo de controle do sistema de vídeo foi implementado dentro da Estação Central da Génesis, localizada no município de Carolina (região nordeste da ilha). Os dados de vídeo de todas as escolas são enviados à Estação Central, onde são gerenciados com a plataforma aberta do VMS XProtect Corporate da Milestone Systems.
Beneficiando-se do poder da plataforma aberta, o software de gerenciamento de vídeo Milestone XProtect é compatível com mais de 8.500 dispositivos de segurança e monitoramento, e com mais de 450 integrações de software de mais de 3.500 parceiros tecnológicos. Os parceiros da aliança incluem fornecedores de câmeras de vídeo em rede, soluções em nuvem, DVRs e NVRs, servidores e equipamentos de armazenamento, sistemas de alarme e detecção, analíticos de vídeo, tecnologia GPS, scanners de laser e radar, caixas de chamadas de emergência e muito mais.
“Na Estação Central dispomos de quinze estações de trabalho, com o mesmo número de operadores por turno; lá temos um vídeowall com dez monitores distribuídos entre as estações. Também contamos com duas centrais de comunicação que funcionam como backups: uma no município de Yauco e outra no município de San Juan”, explicou Morales.
Como parte do projeto, aproximadamente 10.000 câmeras Uniview DH-Vision de 4 megapixels foram instaladas em todas as 856 escolas (uma média de 12 câmeras por campus). Alto-falantes de áudio da Axis Communications e diversos sensores da Optex também foram integrados. A associação dessas tecnologias possibilitou que cada escola tivesse um sistema anti-intrusão com seus próprios alertas, todos com conexão com a Estação Central.
Cada campus possui um servidor da marca Seneca com o software XProtect Express+ instalado, que se comunica com a versão Corporate da Estação Central através da Interconect, uma plataforma de licenciamento que possibilita abrir um canal de comunicação entre diferentes equipamentos, que em sua forma nativa não poderiam comunicar-se entre si.
A Milestone Interconnect™ conecta locais remotos para uma solução de vídeovigilância de baixo custo. É a vigilância ideal para uma ampla variedade de setores que desejam uma forma econômica de obter um monitoramento centralizado de múltiplas localidades espalhadas por uma região.
Com a Milestone Interconnect, engenheiros e gestores podem monitorar facilmente áreas críticas e remotas de um local central. Isso significa um manejo mais rápido de intrusões, pois os operadores do sistema central podem acessar o vídeo e receber alarmes de locais remotos conectados. Isso reduz a necessidade de manter pessoal de segurança no local, manutenção, operação e outros custos, incluindo visitas de campo.
A Genesis criou cercas virtuais com as câmeras que, além de proteger os espaços das escolas, também cuidam da segurança de subestações e painéis solares, considerados ativos importantes para as instituições. Caso alguém atravesse a cerca virtual, um alerta é gerado localmente, e é igualmente encaminhado para a Estação Central com a Interconect, onde os operadores realizam uma confirmação visual e, se necessário, ativam o protocolo de emergência.
“O protocolo de emergência consiste em comunicar-se com o Comissariado de Segurança e o Departamento de Operações. Para este contato, designamos internamente um inspetor; uma vez informados, já acionam os seguranças dos locais, que são treinados para dar respostas rápidas e informar a polícia”, esclareceu Morales.
Graças ao software de gerenciamento, a Genesis pode encontrar facilmente qualquer gravação das escolas e enviá-la ao comissário, que também pode receber os alertas diretamente através de um aplicativo em seu smartphone. Cabe ressaltar que todo o pessoal que utiliza o sistema, tanto operadores quanto técnicos, possui as certificações da Milestone Systems, obtidas no website do fabricante. González explicou que os diretores de escolas e os vizinhos podem entrar em contato com a Estação Central se quiserem relatar qualquer atividade suspeita dentro de uma escola após os horários de expediente.
O comissário González também esclarece que “se por algum motivo o diretor de uma escola solicitar uma gravação, ele deverá entrar em contato conosco e nós solicitaremos as informações ao centro de operações da Genesis; este protocolo foi desenvolvido para respeitar o direito de permanecer num local sem se sentir vigiado em todos os momentos, conforme estipulado pelas políticas públicas de Porto Rico. No total, este sistema beneficia diretamente quase 400.000 pessoas”.
Mais segurança e menor custo
Segundo o comissário, desde a instalação da primeira câmera, as intrusões foram reduzidas de duas ou três por dia, para uma ou zero. Em outubro de 2019, não houve nenhum registro de intrusões. A Genesis Security Services, Inc. confirmou que, desde que o sistema entrou em operação, houve uma redução de 97% nas intrusões nas escolas.
A tecnologia de vídeo ajudou a dissipar problemas como roubo de ativos por funcionários e, mais importante, contribuiu para reduzir as taxas de agressão física e intimidação entre os alunos. Esses resultados contribuíram para gerar confiança entre as famílias porto-riquenhas quando matriculam seus filhos nas escolas.
“O sistema proporciona agilidade e precisão. É mais eficiente e imediato do que contatar um vigilante que precisa entrar em uma instalação para verificar o que está ocorrendo. É excelente trabalhar com um sistema que tem visibilidade das instalações 24 horas por dia, 7 dias por semana”, afirmou González.
Por outro lado, graças a este projeto foi possível reduzir o custo da segurança nas escolas utilizando a tecnologia, um dos principais objetivos iniciais do Departamento de Educação.
“Anualmente, nós gastávamos cerca de 25 milhões de dólares para cobrir apenas 250 escolas com os sistemas de vigilantes, e quase 600 escolas ficavam desassistidas. Este projeto nos proporcionou a cobertura de 100% das escolas públicas de Porto Rico com o mesmo orçamento”, informou González.
Por fim, é importante destacar que muitas dessas escolas estão situadas em locais vulneráveis da ilha e que o sistema também está auxiliando a Polícia e o Ministério Público a resolver os casos ocorridos nos arredores dos estabelecimentos de ensino, e contribuindo com o bem-estar da comunidade em geral.
Projetos para o futuro
A partir do Departamento de Educação, o Governo de Porto Rico está buscando uma forma de integrar este tipo de sistemas de análises de vídeo aos programas e bancos de dados dos defensores dos direitos sexuais.
“No futuro, queremos ter um sistema que seja capaz de identificar se um agressor sexual atravessa o perímetro em zonas escolares para poder alertar a tempo”, complementou González.
Por parte da Genesis, Morales assegura que o próximo passo com este projeto será começar a desenvolver analíticos para o VMS, para fornecer não apenas segurança perimetral, mas também estatísticas como contagem de pessoas, veículos, além de integrar os sistemas de controle de acesso de todas as escolas.
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