Como resposta aos esforços dos Estados Unidos para isolar as empresas de tecnologia chinesas, a China está lançando uma iniciativa para definir padrões globais de segurança de dados na rede.
A proposta apela a todos os países que lidem com a segurança de dados de uma “maneira abrangente, objetiva e baseada em evidências”, afirmou o Wall Street Journal, que teve acesso ao documento.
O documento ainda afirma que “o que é urgente agora é formular regras e normas globais que reflitam as aspirações e interesses da maioria dos países”.
Há meses o governo Donald Trump acusa empresas chinesas de colocar em risco as informações pessoais dos norte-americanos, potencialmente permitindo à China “rastrear os endereços de funcionários federais, criar dossiês para chantagem e conduzir espionagem corporativa”.
“A disseminação de aplicativos controlados pelo governo chinês ameaça à segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”, escreveu a Casa Branca em uma ordem executiva que proíbe pessoas e empresas dos EUA de fazer negócios com algumas empresas de tecnologia da China como a Huawei, ByteDance (dona do TikTok) e a Tencent (controladoras do WeChat).
A “Iniciativa Global sobre Segurança de Dados” também exorta os governos a respeitar a soberania de outros países na forma como lidam com os dados.
A China acredita que os países devem exercer controle total sobre a sua “soberania cibernética” e se oporem à “vigilância em massa contra outros estados”.
O documento ainda pede que as empresas de tecnologia não instalem “backdoors em seus produtos e serviços para obter ilegalmente os dados dos usuários, controlar ou manipular os sistemas e dispositivos dos usuários”.