Novo software de reconhecimento facial pode ajudar na segurança

Um sistema de reconhecimento facial desenvolvido pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP pode colaborar na identificação de suspeitos e na criação de um banco de dados e imagens exclusivamente brasileiro. A nova tecnologia é mais precisa e mais barata, e se baseia na extração de uma assinatura facial obtida por meio de algoritmos. Esses cálculos ajudam na composição de um banco de dados próprio, que pode identificar uma pessoa mesmo maquiada, disfarçada ou mais envelhecida. O Jornal da USP no Ar conversou com o pesquisador Alex Affonso, doutor pela EESC, para saber mais sobre essa nova técnica.

Affonso explica que o foco da pesquisa foi o desenvolvimento de um sistema que pudesse reconhecer um indivíduo mesmo com muitas variáveis. “Muitos trabalhos encontrados na literatura analisavam imagens obtidas em laboratório, em estúdio, onde as pessoas posavam para as câmeras. Nesse cenário, os parâmetros da face são muito bem definidos. O desafio foi criar um algoritmo que atendesse ao nosso objetivo, que era o de reconhecer pessoas em situações do cotidiano, em poses diferentes ou usando acessórios”, conta.

As aplicações do novo sistema podem ajudar no monitoramento da segurança de shoppings e aeroportos. “Vamos imaginar uma situação simples: uma catraca de shopping. Para adentrar um estabelecimento, uma pessoa para em frente à porta de entrada e tem seu rosto registrado por uma câmera. Após essa detecção, o dispositivo faz uma série de cálculos matemáticos para levantar uma assinatura da face, que é um tipo de número de identificação único, como um CPF. Com base nisso, o dispositivo busca no banco de dados de indivíduos já cadastrados e isso permite o controle e autorização da entrada. Isso pode ser usado em aeroportos e em grandes eventos também, já que existe grande tensão relacionada a conflitos e atos terroristas nessas ocasiões”, explica o especialista.

A criação de uma assinatura facial difere das outras técnicas de reconhecimento por não recorrer a uma comparação entre banco de imagens diferentes, o que facilita seu uso em diversos suportes, inclusive em smartphones e tablets. No entanto, uma integração com redes de inteligência artificial de conhecimento aprofundado – chamadas de deep learn – é algo realizável e que agregaria ainda mais à pesquisa. Affonso conta que a busca por esse alinhamento de tecnologias é o próximo passo a ser dado nos estudos sobre reconhecimento facial no Brasil.

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