95% das usinas hidrelétricas fiscalizadas pela Aneel possuem alguma falha de segurança; drones podem ser parte da solução

Um relatório realizado pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, revelou que 53 das 56 usinas hidrelétricas fiscalizadas pelo órgão possuem algum tipo de falha em seus planos e estruturas de segurança, o que corresponde a cerca de 95% das usinas analisadas*. As principais lacunas encontradas referem-se à ausência de testes de equipamentos e prazos vencidos para correção de anomalias, que podem acarretar em um dano potencialmente alto em caso de acidente, como o que ocorreu em Brumadinho, com o rompimento da barragem de minério da Vale.

Trata-se de um cenário preocupante, especialmente porque o Brasil conta com 1.442 barragens voltadas para a geração de energia em operação, ou seja, as 56 hidrelétricas avaliadas são apenas uma pequena amostra do que pode estar ocorrendo nas estruturas das usinas de todo o país.

“Realizar vistorias preventivas e frequentes é a chave para evitar que uma pequena pane  de máquina ou um dano estrutural, se transforme em uma catástrofe. Em cenários de infraestruturas críticas, em que há uma série de controles, restrições e obstáculos para que uma inspeção seja feita, drones podem ser uma ferramenta extremamente estratégica, capaz de alcançar pontos de difícil acesso, transmitir imagens de ângulos privilegiados, além de reduzir custos”, disse o especialista em segurança e engenheiro Kleber Reis, VP da Ôguen.

Os drones têm sido cada vez mais utilizados pelas empresas para missões de segurança, como vigilância, ronda e pronta resposta, e paralelamente a isso, para inspeções periódicas e pontuais. As aeronaves disponibilizadas no Brasil através da distribuidora de tecnologias israelenses Ôguen, por exemplo, é capaz de transmitir imagens ao vivo com uma autonomia de 24 horas por dia no modelo de drone cabeado.

Embarcada com inteligência artificial de última geração, a aeronave pode detectar, classificar e acompanhar alvos,  identificar anomalias e reportar em tempo real para a central de monitoramento.

Em um cenário de inspeção, os operadores podem enviar  os drones até o local que precisa ser vistoriado e realizar a filmagem de todo o equipamento e estrutura, podendo dar zoom de até 200x e captar ângulos inéditos, tudo isso de forma rápida e imediata, o que não acontece com equipes terrestres, que precisam encontrar disponibilidade, se deslocar até o local, interditar áreas, parar máquinas, levar andaimes e cordas, para então conseguir acessar a área e verificar se precisa de alguma ação.

Operações como essa podem levar dias e gerar custos excessivos, em contrapartida os drones podem fazer rondas nas áreas de interesse rotineiramente, prevenindo qualquer ocorrência ao mesmo tempo que gera relatórios completos da missão.

“Temos casos de empresas que possuem mais de uma planta em estados diferentes, e toda a operação de inspeção é realizada de um só lugar, remotamente e de forma integrada. Há inúmeras oportunidades de inspeção, como fachadas, telhados, tubos de ventilação, torres, usinas, plataformas e até acompanhamento de obras. Tudo isso podendo ser realizado com uma aeronave que pode ser utilizada para a segurança e para a inspeção, trazendo redução de custos para o projeto. Esse é um verdadeiro salto na segurança e prevenção”, finalizou Kleber Reis.

*O número de usinas analisadas leva em conta a capacidade de fiscalização da Aneel.

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