5G deve gerar R$ 5,5 trilhões para o Brasil, segundo estudo

O 5G, tecnologia de quinta geração, ganha a cada dia sua real dimensão para aterrissar de fato no mundo corporativo e na sociedade. Em mais uma importante palestra do 6º dia do Futurecom Digital Summit com o tema “Um passo à frente: como o 5G impulsionará a produtividade e a transformação digital no Brasil”, a consultoria OMDIA e a Nokia trouxeram uma pesquisa inédita sobre o potencial do 5G para diferentes setores empresariais e para a economia brasileira. Ari Lopes e Wilson Cardoso, respectivamente manager sênior da Americas OMDIA e Chief Solutions Officer Latin America da Nokia, destacaram os principais benefícios que o 5G aportarão nos próximos 15 anos, entre eles o de render um total de R$ 5,5 trilhões para o Brasil. Sua implementação deve atingir o potencial para gerar, em média, o aumento de 1 ponto percentual no PIB do País por ano, entre 2021 e 2035.

A discussão antecipa um dos assuntos que estará no palco da 22ª edição do Futurecom, maior evento de tecnologia, telecomunicações e transformação digital da América Latina, que ocorrerá de 27 a 29 de outubro, no São Paulo Expo, em São Paulo.

Ari Lopes destacou a urgência de se colocar em prática o 5G no Brasil já em 2021. “Tempo é um luxo que não temos”, pontuou o executivo sobre a adoção da nova tecnologia no País, que aguarda o leilão de espectro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O atual momento da pandemia mostrou claramente que as redes de telecomunicações têm um papel fundamental para manter a população conectada em todos os aspectos. Desta forma, o 5G trará transformações em todas as funções e níveis de negócios, sendo essencial para o desenvolvimento do Brasil, impulsionando as inovações e impactando positivamente na vida das pessoas e da sociedade como um todo. “É a garantia de desenvolvimento tecnológico, de qualidade e de segurança no tráfego de informações”, afirma o responsável pela OMDIA na América Latina.

O início do ciclo do 5G tem tudo para ser forte, otimizando recursos existentes, com gerenciamento dos casos mais simples até os mais sofisticados. As oportunidades estão em vários setores e para os consumidores de forma geral. “Acreditamos que até 2024, ¾ da banda larga fixa e móvel será por vídeo”. No entanto, a característica principal do 5G é de permitir velocidades de banda larga similares a encontrada em redes de fibras abre uma possibilidade em redes wireless. Um dos grandes desafios se insere na questão da transformação digital no mundo B2B, para que algumas verticais dos setores econômicos embarquem de vez nessa tecnologia. “É um consenso na indústria de adentrar o mundo B2B e, neste cenário, ter novas redes privadas, o que vai demandar velocidades mais altas e latências menores”, afirma Lopes, que destaca a grande necessidade desse uso para a telemedicina e para o agrobusiness, por exemplo, que demandam fortemente novas soluções de conectividade.

Para as operadoras, o mundo ideal é continuar investindo no 4G e transmissão, considerando que o volume de dados vai crescer exponencialmente. Haverá ainda a necessidade de investimentos em redes para uso de modelos como o 5G stand alone, em edge computing, para realizar acessos de baixa latência e alta produtividade, além de desenhar uma estratégia de 5G para atender aos mercados de B2C e B2B.

O estudo da OMDIA indica que seis verticais serão as mais beneficiadas pela implementação do 5G no Brasil com aumentos de faturamento em 15 anos: os TICs (tecnologia da informação e comunicações) (US$ 241 bilhões); governo (US$ 189 bilhões); manufatura (US$ 181 bilhões); serviços (US$ 152 bilhões); varejo (US$ 88 bilhões); e agricultura (US$ 76 bilhões).

A avaliação leva em conta que 240 milhões de latino-americanos vivem em regiões sem oferta de banda larga e que 100 milhões estão em área de cobertura, mas não contratam o serviço por falta de recursos financeiros. “São 60% dos domicílios sem banda larga fixa nessa região. E no Brasil, há 39% dos lares sem banda larga acima de 30 Mbits. E, neste universo, há um grande potencial de as operadoras poder incrementar a base de serviços com o 5G, com a oferta de banda larga fixa”, destacou Ari Lopes.

Segundo Wilson Cardoso, Chief Solutions Officer Latin America da Nokia, o 5G é mais que o G, trata-se de um elemento-chave para o aumento da produtividade. “Com esse estudo, queremos abrir a porta da América Latina, começando pelo Brasil, para apresentar o real potencial desta tecnologia”. Com um trabalho de muitos anos com o 4G desenvolvido em colaboração com as operadoras, a Nokia se insere como uma das grandes protagonistas nesse ecossistema.

“Um ponto crucial é a segurança. Com o 5G tudo estará conectado, estaremos mais vulneráveis e suscetíveis a ataques e, certamente, não vão começar nos ambientes centrais das redes, mas podem iniciar por dispositivos de Internet das Coisas, instalados na sua casa, em uma fazenda, o que pode se propagar para dentro da rede. Temos que buscar um ecossistema que garanta que desde os dispositivos, passando pelos elementos de redes que concentra as informações dos sensores sejam seguros, combinem com câmeras de segurança ou logística e, assim, garantimos que esses dados sejam federalizados”, ressalta o executivo da Nokia, que complementa que a segurança de dados é dinâmica e baseada em Inteligência Artificial e Machine Learning.

O Futurecom Digital Summit dá continuidade em suas rodadas on-line até o dia 2 de julho. Organizado pela Informa Markets, o Digital Summit leva para seus debates a mesma qualidade dos conteúdos do encontro físico do Futurecom. São duas sessões diárias com acesso totalmente gratuito e veiculadas pelo site do Futurecom.

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