Cinco tecnologias para tornar as cidades mais inteligentes

Criminosos procurados pela polícia ou envolvidos em crimes sexuais serão identificados automaticamente ao usar transporte público, cidadãos poderão solicitar ajuda da polícia através de botões de emergência, e drones a serviço de sequestradores serão identificados e mapeados automaticamente. Parecem coisas saídas de filmes de ficção científica, mas essas são tecnologias que já começam a ser utilizadas para responder aos novos desafios de cidades de médio ou grande porte.

O gerente de soluções para o setor Enterprise da Axis Communications, Paulo Santos, aponta as cinco principais apostas para tornar as cidades mais inteligentes e resolver alguns dos desafios mais urgentes.

1. Monitoramento de drones
Imagine ir buscar seu filho na escola e perceber um drone sobrevoando a quadra e o pátio. Entrar num condomínio sem entender o objetivo daquele equipamento lá no alto. Ver a partida de futebol ser interrompida pelo pouso acidental de um espião pesando menos de 1kg. São situações preocupantes não apenas pela invasão de privacidade, mas pelo possível uso do drone como ferramenta de apoio a sequestros, atentados, captura de informações confidenciais e geração de inteligência contra ações da polícia. Afinal, ninguém quer ver uma cadeia cheia de presos recebendo celulares do céu. No futuro, a circulação de drones nas cidades não será desordenada. Tecnologias já disponíveis, como da Dedrone, permitem usar uma câmera para detectar a presença de um drone e, mais importante, mapear na mesma hora o ponto exato de onde ele está sendo controlado.

2. Reconhecimento facial
No futuro, quando um assaltante procurado pela polícia subir num ônibus, seu rosto poderá ser capturado pelas câmeras, e as autoridades serão informadas na hora. Estações de trem e metrô poderão fazer, em determinados pontos de circulação, uma varredura contínua em busca de criminosos sexuais ou suspeitos de praticar comércio ilegal, a partir das fotos cadastradas no banco de dados. Com a mesma tecnologia, estádios terão condições de barrar automaticamente a entrada de torcedores envolvidos em episódios de violência. Somados esses esforços em diferentes pontos da cidade, a polícia terá um amplo conjunto de informações para embasar ações com inteligência e sem preconceitos.

3. Botão de pânico
Algumas cidades já têm instalado em postes ou totens um botão para reportar emergências à polícia. Mas o chamado “botão de pânico” pode ser mais do que isso. É bem verdade que ele é útil para gerar flagrantes em atos de vandalismo e outros crimes, especialmente tendo um operador na central de controle visualizando tudo ao vivo através de uma câmera de videomonitoramento, com um mapa do Google na tela mostrando o ponto exato da ocorrência. Mas esse intercomunicador também tem o potencial de estreitar a comunicação do cidadão com o poder público e funcionar como um verdadeiro roteador de acesso a vários serviços. Ele pode indicar ao cidadão onde fica o caixa eletrônico mais próximo e até passar informações turísticas – como o caminho a pé daquele ponto até um museu.

4. Detecção de tiro
Já existe uma tecnologia que consegue detectar o som de um tiro em plena avenida movimentada, um princípio de tumulto num terminal de ônibus, ou quando a vitrine de uma loja ou agência bancária é quebrada. Empresas como a Sound Intelligence utilizam câmeras da Axis com microfones minúsculos para entender o padrão do som ambiente em locais abertos e fechados. Depois de descobrir qual é o ruído normal ali, a tecnologia detecta alterações sonoras, tanto no caso de uma discussão em local público (em que as vozes vão se elevando pouco a pouco) quanto no caso de estouro de vidros e tiros (que geram uma alteração brusca no padrão). Como o analítico é inteligente, ele não confunde, por exemplo, tiros com fogos de artifício, reduzindo alarmes falsos.

5. Alertas sonoros
Nem todas as cidades enfrentam os mesmos problemas. Algumas têm áreas com risco sazonal de deslizamentos de terra, outras, próximas a barragens, podem ser surpreendidas por um acidente. Há comunidades ribeirinhas que vivem atentas à altura da água, e assim por diante. Nesses casos, o alerta antecipado é fundamental para salvar vidas e reduzir prejuízos financeiros. Na verdade, o alerta sonoro adiantado pode inibir o consumo de drogas nas ruas, dispersar jovens praticando atos ilícitos em praças públicas e dissuadir pichadores antes mesmo que terminem de apertar o spray contra um monumento. Daqui a alguns anos, será mais comum encontrar cidades dotadas de sistemas de alerta sonoro digital e de longo alcance, tanto para mensagens pré-gravadas quanto ao vivo, inclusive diretamente do celular do responsável.

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